teste
Ticcia
quarta-feira, setembro 08, 2004
segunda-feira, agosto 04, 2003
Achei essa imagem o máximo. Aposto que eu sou assim ao microscópio. Bem, pelo menos no MEU microscópio.
Células da Tíccia, mundo.
Mundo, células da Tíccia.
Elas estão dizendo Muito prazer.
www.beatrixwillius.de
Células da Tíccia, mundo.
Mundo, células da Tíccia.
Elas estão dizendo Muito prazer.
www.beatrixwillius.de
sexta-feira, agosto 01, 2003
Ramiles Adriana Franciosi / ZH
Eu Vou!
A primeira reunião oficial dos irmãos Kleiton, Kledir e Vitor Ramil em um mesmo espetáculo será neste domingo. As vozes e violões dos pelotenses terão a companhia da Orquestra de Câmara da Ulbra para reler sucessos como Vira Virou e Ramilonga. O concerto é o primeiro da Série Concertos Dana 2003.
Os irmãos Ramil são acostumados a tocar juntos em casa desde a juventude, além de eventualmente a dupla K&K aparecer como convidada em shows de Vitor e vice-versa. Mas este é o primeiro encontro “profissional”, nas palavras do trio, que foi convidado ainda no ano passado pelo diretor artístico da Orquestra Ulbra, Tiago Flores, para realizar um concerto. Será a chance de ouvir a voz de Vitor em sucessos consagrados da dupla, como Fonte da Saudade e Deu pra ti – e perceber as intervenções de Kledir e Kleiton em temas como Quiet Music e Deixando o Pago, de Vitor.
Além da orquestra de 15 integrantes, o concerto terá momentos de acento pop, com as participações do baterista Ricardo Arenhaldt, do baixista Ricardo Baumgarten e do trompetista Jorginho do Trumpete.
Enquanto Vitor começa a preparar um novo disco de canções inéditas, Kleiton & Kledir projetam a gravação de um CD e DVD acústico ainda em 2003.
Teatro da Ospa, domingo, 19h
ClicRBS
quinta-feira, julho 31, 2003
www.portoimagem.com
Porto Alegre, 31 de julho, 14h, 22ºC
Hoje Porto Alegre parece uma menina que fugiu do colégio inverno e saiu por aí correndo de mãos dadas com a prima Vera. Logo, logo a freira Argentina vai mandá-la de volta ao quarto de paredes cinzas. Paciência! Que aproveite a tarde.
Para o meu velho Mário que ontem fez 97 anos, pousado juntos aos passarinhos num jacarandá da Praça da Alfândega.
Mário Quintana
(30/07/1906-05/05/1994)
OS POEMAS
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Roubei daqui
quinta-feira, julho 24, 2003
terça-feira, março 18, 2003
Sucesso - O meu post a respeito das férias de mim mesma foi parar entre os destaques de fevereiro no Copy&Paste. Esclareça-se que na época eu ainda não era co-editora.
segunda-feira, março 17, 2003
Depois de experimentar assoviar, chupar cana e tocar flauta ao mesmo tempo, concluí que não dá. Estou de mudança para o Não Discuto. Espero vocês lá.
Clique no banner e sigam-me os bons!!
Klimt (quem mais?) - Fulfilment
O dia em que fiz 30 anos vai ficar na minha memória definitivamente de forma concreta e indelével. É uma memória sólida, com peso, medidas, palpável. Tem gosto, cheiro, forma, dor, prazer, som.
O meu aniversário tem cheiro bom de comida preparada com gosto, com cuidado, de lençóis limpos e damasco em passas. Tem cheiro úmido de pele com suor doce, no percurso entre o queixo e o lóbulo da orelha e de ar saturado de suspiros. Tem gosto de vinho bordeaux, tiramisú na boca às colheradas e de lábios grossos e macios. Tem gosto de lembrança e desejo, de línguas se enroscando, de café recém passado. Meu aniversário tem cor de velhas esmeraldas e de um dia cinzento que deveria não terminar. Meu aniversário tem a dor de dentes cravando no ombro, de unhas rasgando a pele, de músculos exaustos e de dizer adeus. Tem um prazer que nasce e morre, nasce e morre e ressuscita como se nunca tivesse morrido e me embala em ondas imensas, de coração batendo forte num abraço que pulsava em dois. Meu aniversário tem um peso agradável sobre o meu corpo, que não me esmaga, me aconchega e me aninha. Meu aniversário tem a voz do Vitor Ramil, cantando uma música sem tempo e sem espaço, dizendo "tudo isso foi no mês que vem, foi quando eu chegar na hora em que eu te quis", tem som de gemidos, sussuros, gargalhadas. Tem o toque de mãos que se entrelaçam, de dedos percorrendo meu rosto, das minhas mãos finalmente se apossando de tudo. Meu aniversário tem palavras de poemas antigos que voltam para me abraçar e tem um nome, para sempre.
domingo, março 16, 2003
Bacanal - Por volta de 200 a.C, acontecia nos dias 16 e 17 de março a Bacchanalia, ritual secreto primeiramente presidido apenas por mulheres, em homenagem ao deus Dionísio (grego), também conhecido como deus Bacco (em Roma). Com o passar do tempo, os homens passaram a participar também dos festejos (ainda bem, né? Bacanal sem homem nem-pen-sar!). Em 186 a.C o Senado romano editou um decreto proibindo a festa, por haver suspeitas de que durante as reuniões, crimes e conspirações eram tramadas.
Vai dizer que não tem tudo a ver? Sexo, vinho, crime e conspirações secretas. U-A-U.
Agora, as más notícias.
Massacre I – Em 1190, num dos episódios mais vergonhosos da história da Inglaterra, judeus foram massacrados em York. Alguns, suicidaram-se para não caírem nas mãos dos assassinos, outros, morreram no incêndio que se seguiu ao ataque. Aqueles que escaparam do disastre, foram massacrados.
Massacre II – Em 1968, a companhia americana Charlie, composta por 150 soldados, que lutavam na guerra do Vietnam, massacraram cerca de 500 moradores civis da aldeia de My Lai. A Companhia era liderada pelo pelo tenente William Calley que recebeu ordens claras do Capitão Ernest Medina: vasculhar e destruir a aldeia de My Lai. Os soldados da companhia Charlie, com média de idade de 20 anos, já havia sofrido várias baixas, devido a atiradores de elite, minas e armadilhas explosivas, mas não havia ainda entrado em combate. Estavam todos procurando por sua chance de vingança. Na aldeia não havia soldados vietcongues. Calley então ordenou: matar todos os civis. As pessoas eram jogadas em valas, e mortas com tiros de metralhadoras. Se alguém sobrevivesse, e tentasse fugir, era morto na hora. Alguns dos mortos foram mutilados, outros tiveram as palavras "C Company" marcadas no peito. As pessoas eram desmembradas, gargantas e braços eram cortados... Em quatro horas, 500 civis, entre eles mulheres, crianças e idosos, foram brutalmente assassinados.
Um piloto de helicóptero, chamado Hugh Thompson, testemunhou o ato e tentou resgatar alguns sobreviventes. Ele se viu forçado a mandar os atiradores do helicóptero dispararem contra os soldados americanos que continuavam a matar os civis. Thompson conseguiu tirar de uma das valas uma criança de três anos, completamente encharcada de sangue, mas ilesa e pediu por rádio que mais helicópteros fossem mandados, descrevendo com detalhes o que estava acontecendo. Logo a Companhia C foi ordenada que parasse de matar.
O massacre foi primeiramente encoberto e negado. Mas muitos soldados, incluindo alguns que não estiveram presentes ao massacre, sabiam o que realmente havia acontecido, e levou um ano para que a verdadeira história chegasse aos olhos do congresso americano, e do presidente. Investigações detalhadas começaram a ser feitas, e detalhes escabrosos do massacre vazaram para a imprensa.
Willian Calley foi julgado por uma corte marcial em 1970, e condenado à 20 anos de prisão. Em seu cárcere privado, Calley podia receber visitas, cozinhar, e até mesmo ter animais de estimação. Inúmeras cartas de apoio a Calley foram enviadas por americanos, dizendo que ele era na verdade um herói contra o comunismo. Protestos foram feitos em seu favor. Sua pena de 20 anos diminui para 10, e por fim, em 1974, ele foi solto, após ter cumprido uma pena em prisão domiciliar de apenas 3 anos.
Aniversariantes do dia:
James Madison, 4º presidente americano, um dos maiores constitucionalistas do mundo, chamado de “father of the Constitution”.
Jerry Lewis, ator.
Joseph Mengele, carrasco nazista
Gorky, escritor russo.
Bernardo Betollucci, cineasta
e
EU, claro!
A Novidade - Há algum tempo atrás, divulguei aqui uma campanha para ajudar um menino chamado Lucas, lembram? Esta campanha foi iniciada pela Rossana, do Wumanity e toda a história está narrada no site A História de Lucas. A Rossana, que trabalha com design, aceitou a idéia de um amigo e fez um blog para ser leiloado em prol da campanha.
Na semana passada, alguns amigos me ligaram e perguntaram o que eu gostaria de ganhar de presente de aniversário. Tive a idéia de comprarmos o blog. Nos reunimos e comprarmos o Não Discuto. Eu ganhei um presente lindo e ajudamos o Lucas. Fiquei muito feliz.
Ainda não sei se me mudo definitivamente para lá, ou se mantenho os dois blogs.
Vai lá e me faz uma visita na casa nova:
sexta-feira, março 14, 2003
Tem pessoas que não podem nem pensar em cozinhar que imediatamente pensam na sujeira que vai dar e na trabalheira pra limpar tudo depois. Eu não penso assim. Cozinhar é um ato de amor, quase sexual. Portanto, não pode ser só para mim, nem para quem eu não gosto muito. Nenhum escritor escreve para si, nenhum pintor pinta para guardar no sótão, nenhum ator encenaria nada para seu próprio deleite diante de uma platéia vazia. Todos querem público, querem ser reconhecido, avaliados, criticados, amados. Quem cozinha também.
Uma refeição começa dias antes, quando a gente começa a pensar no que vai constar do menu. Que salada, que entradinha, qual o prato princial, a sobremesa, o vinho. É meio aquilo de Se vens às seis, desde às quatro já sou feliz. Depois, as compras, a escolha dos melhores ingredientes, do vinho, seguidos pelos detalhes, flores, velas, guardanapos. Só então a gente começa a cozinhar de fato, normalmente pela sobremesa. É possível ver quem gosta de cozinhar pelo jeito que maneja os utensílios, os ingedientes. Um pintor não trataria melhor a palheta ou a tela, nem um poeta suas canetas e cadernos (deus nos livre de quem escreve poesia direto no computador). A hora de sentar e comer é também um prazer, mas não o mais importante, assim como a hora do aplauso ou da vaia, assim não o são para o ator.
Claro que cozinho para o meu prazer, assim como escritores escrevem, pintores pintam, atores encenam. Para mim é um privilégio ter para quem cozinhar, já que a minha gata só come ração e ainda não aprendeu a falar "está óóóóóótimo". Acho que as mulheres, seres nascidos e dotados de aparelhos fornecedores de comida, têm mais prazer de alimentar, é uma expressão natural do seu desejo de cuidar, de dar atenção, amor.
Por isso, para mim, seduzir e amar passam pela cozinha.
quinta-feira, março 13, 2003
Tem épocas da minha vida que eu sinto uma vontade irrefreável de absorver conhecimentos e produzir, me renovar, trocar de casca. No último surto desses comecei a fazer francês, alemão e cheguei a me inscrever em um curso de piano. Em surtos anteriores, fiz curso de teatro. Normalmente não são conhecimentos relacionados com a minha profissão, mas coisas que me dão prazer. Me sinto desabrochar e florescer, como aquelas florzinhas que depois de prontas e férteis, viram uma pluminha e saem voando por aí, procurando lugar para brotar novamente. Nesses períodos escrevo muito, muito, muito. Chego a escrever três, quatro poemas por dia, que saem num jorro, de uma vez. Depois guardo tudo na gaveta, para amadurecerem. Às vezes dois viram um. São os filhos que já tive, minhas jóias de família, minhas relíquias sagradas, meus sentimentos corporificados, como átomos de carbono que invisíveis a olho nu, interligam-se, estruturam-se e viram diamantes. Pelos menos pra mim.
Assinar:
Postagens (Atom)